terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deputados federais declaram guardar fortunas 'debaixo do colchão'

Mais de 100 parlamentares informaram à Justiça Eleitoral manter grandes somas dentro de casa. No total, eles dormem com R$ 17 milhões

Deputados federais declaram guardar fortunas 'debaixo do colchão'

Você guardaria R$ 10 mil em sua casa? Se acha pouco, que tal R$ 100 mil sob o colchão? Ainda considera pouco? O que acharia de dormir sobre R$ 1 milhão? Talvez você não cometa essa imprudência.
Mas 112 dos 513 deputados federais que estão concorrendo a algum mandato popular nestas eleições declararam à Justiça Eleitoral manter sob sua guarda em espécie quantias que variam de míseros R$ 13,02 a até R$ 1,3 milhão, que somam R$ 17.021.275, 36.
Campeão da prática, o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE) informou ter R$ 1,3 milhão em dinheiro – o equivalente a 19% de seu patrimônio declarado de R$ 6,8 milhões.
Em segundo lugar no ranking está o deputado federal José Chaves (PTB-PE): informa ter R$ 1.076.399,50 em espécie, a título de “adiantamento para aumento de capital na NTA Administração e Participações Ltda”, além de outros R$ 30 mil em dinheiro, que correspondem a 14,15% do seu patrimônio declarado de R$ 7,40 milhões.
O deputado federal Alexandre Cardoso (PSB-RJ) declarou ter R$ 1 milhão em espécie, 30,75% de seu patrimônio informado de R$ 3,251 milhões. Da mesma forma, Renato Amary (PSDB-SP) e Bonifácio Andrada (PSDB-MG) informaram manter, nessa ordem, R$ 990 mil e R$ 850 mil em dinheiro fora do banco.
O montante corresponde a 77,2% dos bens de Amary, que somam R$ 1,28 milhão e a 8,7% do patrimônio assinalado por Andrada, de R$ 9,69 milhões.
Bertha Maakaroun - Estado de Minas

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